sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

COMUNICAÇÃO OU COMPLICAÇÃO?


Não devo afirmar que tenho o melhor processo de oralidade na face da terra, mas também, pensava que não fosse tão mau, entretanto, preciso me auto-avaliar nesse sentido.
Ultimamente tenho me preocupado com algumas respostas recebidas das pessoas após eu lhes comunicar algo. Percebo que a resposta não tem coerência com o que eu disse, ou seja, com o que eu quis dizer.
Mas hoje a minha preocupação redobrou com um fato que relatarei na sequência. Diante do ocorrido passei a me preocupar com a minha comunicação escrita também e sinceramente conto com o apoio dos meus amados leitores para melhorar possíveis distorções no processo de comunicação.
Esta semana meu filho de 1 ano e 10 meses mordeu dois coleguinhas na escola, não é a primeira vez, porém, compreendo que nesta idade é algo comum em salas de educação infantil.
Embora seja normal este fato, ele não pode persistir, devemos investigar as possíveis causas e tentar sanar, considerando que é constrangedor não só para os pais de quem morde, mas principalmente para a criança que levou a mordida e consequentemente para os seus pais.
Como o meu pequeno Davi ainda não pronuncia determinadas palavras e/ou sílabas (cada criança tem um ritmo de desenvolvimento que deve ser respeitado), é comum que eu enquanto mãe fique atenta a observá-lo e até mesmo pré avaliá-lo no seu desenvolvimento, visando diagnosticar e se necessário encaminhá-lo a profissionais competentes para verificação de fala, audição entre outras possíveis diagnósticos.
Hoje ao conversar com uma profissional na área educacional, expliquei a ela que estarei investigando a situação, uma vez que acredito que pelo fato do Davi as vezes não se fazer compreender através da fala, PODE usar a mordida como forma de se expressar.
Disse ainda que no DECORRER DO DESENVOLVIMENTO dele, Se detectar problema na fala, levarei o mesmo para uma avaliação com o fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista E, SE ele persistir a morder....futuramente, levarei até um psicólogo evangélico Se for necessário.
Quando terminei esta fala, ouvi a referida profissional fazer a seguinte indagação: “MAS SE O PROBLEMA DELE É NA FALA, NÃO ADIANTA LEVAR NA PSICÓLOGA”.
Ahah, desliguei o telefone e fiquei pensando no que eu disse para ouvir esta resposta.
Eu penso que nem me passou pela cabeça em dizer que o Davi TEM problema na fala, haja vista que ele tem apenas 1 ano e 10 meses, seria uma ingenuidade minha enquanto profissional educacional ,não compreender que é precoce demais esperar que o Davi tenha vocabulário explícito com esta idade. E quase morri quando caiu a ficha que minha ouvinte (ao usar o termo : se o problema é na fala não adianta LEVAR NUMA PSICÓLOGA), entendeu que eu levaria NO PRESENTE, atualmente uma criança com menos de dois anos de idade num profissional psicólogo.
Diante do exposto tomarei mais cuidado ao me expressar visando não gerar entendimento irreal do que estou tentando expor.
Vale como avaliação no meu processo de comunicação.
E quanto ao fato da criança morder os coleguinhas, especialmente na escola, não é nenhuma novidade para mim, todavia, me preocupo pois tem crianças dos dois lados envolvidas no processo da mordida rsrs, e pior, tem pais, professores , causas e efeitos, logo, o problema tem que ser diagnosticado para ser trabalhado de modo a não persistir.
Lembrando que muitas vezes, nós adultos, pais e professores, agimos de modo exagerado focado na mordida (no carimbo),e esquecemos de detectar e tratar as possíveis causas.
Estou escrevendo algo a respeito e em breve estarei postando.

1 comentários:

Coach Marcinha Ribeiro disse...

Ui... me imaginei na cena... como pai do mordedor e pai do mordido ixi eu ia ficar uma fera... Em ambas as ocasiões bem... veio a calhar este alerta de observar mais os filhos já que o principal meio de comunição dos nossos pequenos ainda não é a fala... Conheço um pai que me relatou que sua filha de 3 ou 4 anos ainda não se expressa bem através da fala, levou na fono e nao resolveu até que um psicólogo muito competente diagnosticou que esse atraso se deu devido a um trauma quando essa criança era ainda bebê... Tratou-a então (não sei ao certo a metodologia usada) e só após esta etapa é que a fono prosperou e obteve resultados positivos com esta pequena paciente e pela última notícia que chegou até mim ela só vem melhorando... Observação é imprescindivel... Obrigada pelo alerta!