terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

VOLTA A INFÂNCIA

Na minha infância, acontecimentos ruins foram inevitáveis, entretanto, houve coisas tão belas também que marcaram profundamente os meus dias de criança. Refiro-me especialmente ao brincar e as brincadeiras simples, criativas e inesquecíveis, bem como os passeios pelas “roças”, florestas, rios em dias mágicos.
Tenho muita saudade do meu tempo de criança em que eu e meus irmãos não nos cansávamos de admirar a lua clara, as estrelas, a noite escura, a brisa, os diferentes sons dos bichos...
Tenho saudade da casinha simples de madeira quando acordávamos com os raios de sol pelas frestas...
Sou grata pela tecnologia de nossos dias, meus filhos assistem desenhos, a Sara sob meus cuidados joga no computador, fala com a vovó e o vovô através do skype e assim por diante.
Percebo que para a Sara Danuta a boneca Baby Alive não tem a mesma “graça”, valor que as bonequinhas de milho tinham pra mim na minha infância.
No último final de semana fomos passar uns dias num sítio onde muito lembrou a minha infância.
As crianças curtiram muito, tanto que a Sara Danuta se propôs a escrever uma história.
Exploramos trilha, cachoeira, ouvimos o cantar dos galos de madrugada, dormimos ouvindo o barulho do rio, dos sapos entre outros animais. Deitamos no chão, sem pressa para admirar as estrelas.
As crianças, principalmente a Sara, demonstram muito interesse nas aulas práticas: de onde vem o açúcar, o álcool, a mandioca, o milho, soja etc.
A Sara só conhecia sapo de pelúcia ou nos desenhos até se deparar com um no banheiro da casa onde nos hospedamos.
De fato, este passeio ficará nas nossas memórias e esperamos poder repetir a dose em breve, haja vista que foram muitas novidades para as crianças e elas demoram um pouco para fazer vínculo com as águas do rio, com os bichos, com o barro entre outras questões atípicas.

momentos preciosos!
















HERANÇAS PRECIOSAS!
Somos gratos ao nosso Deus por nos proporcionar momentos como estes.
A
A CASINHA ONDE FICAMOS HOSPEDADOS, CONSAGRAMOS ELA AO SENHOR NA NOSSA CHEGADA E NA SAIDA ORAMOS POR TODAS AS PESSOAS QUE NELA SE HOSPEDAR!
MENINO CORAJOSO!
Te agradecemos Senhor por este passeio simples, porém inequecível!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

COMUNICAÇÃO OU COMPLICAÇÃO?


Não devo afirmar que tenho o melhor processo de oralidade na face da terra, mas também, pensava que não fosse tão mau, entretanto, preciso me auto-avaliar nesse sentido.
Ultimamente tenho me preocupado com algumas respostas recebidas das pessoas após eu lhes comunicar algo. Percebo que a resposta não tem coerência com o que eu disse, ou seja, com o que eu quis dizer.
Mas hoje a minha preocupação redobrou com um fato que relatarei na sequência. Diante do ocorrido passei a me preocupar com a minha comunicação escrita também e sinceramente conto com o apoio dos meus amados leitores para melhorar possíveis distorções no processo de comunicação.
Esta semana meu filho de 1 ano e 10 meses mordeu dois coleguinhas na escola, não é a primeira vez, porém, compreendo que nesta idade é algo comum em salas de educação infantil.
Embora seja normal este fato, ele não pode persistir, devemos investigar as possíveis causas e tentar sanar, considerando que é constrangedor não só para os pais de quem morde, mas principalmente para a criança que levou a mordida e consequentemente para os seus pais.
Como o meu pequeno Davi ainda não pronuncia determinadas palavras e/ou sílabas (cada criança tem um ritmo de desenvolvimento que deve ser respeitado), é comum que eu enquanto mãe fique atenta a observá-lo e até mesmo pré avaliá-lo no seu desenvolvimento, visando diagnosticar e se necessário encaminhá-lo a profissionais competentes para verificação de fala, audição entre outras possíveis diagnósticos.
Hoje ao conversar com uma profissional na área educacional, expliquei a ela que estarei investigando a situação, uma vez que acredito que pelo fato do Davi as vezes não se fazer compreender através da fala, PODE usar a mordida como forma de se expressar.
Disse ainda que no DECORRER DO DESENVOLVIMENTO dele, Se detectar problema na fala, levarei o mesmo para uma avaliação com o fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista E, SE ele persistir a morder....futuramente, levarei até um psicólogo evangélico Se for necessário.
Quando terminei esta fala, ouvi a referida profissional fazer a seguinte indagação: “MAS SE O PROBLEMA DELE É NA FALA, NÃO ADIANTA LEVAR NA PSICÓLOGA”.
Ahah, desliguei o telefone e fiquei pensando no que eu disse para ouvir esta resposta.
Eu penso que nem me passou pela cabeça em dizer que o Davi TEM problema na fala, haja vista que ele tem apenas 1 ano e 10 meses, seria uma ingenuidade minha enquanto profissional educacional ,não compreender que é precoce demais esperar que o Davi tenha vocabulário explícito com esta idade. E quase morri quando caiu a ficha que minha ouvinte (ao usar o termo : se o problema é na fala não adianta LEVAR NUMA PSICÓLOGA), entendeu que eu levaria NO PRESENTE, atualmente uma criança com menos de dois anos de idade num profissional psicólogo.
Diante do exposto tomarei mais cuidado ao me expressar visando não gerar entendimento irreal do que estou tentando expor.
Vale como avaliação no meu processo de comunicação.
E quanto ao fato da criança morder os coleguinhas, especialmente na escola, não é nenhuma novidade para mim, todavia, me preocupo pois tem crianças dos dois lados envolvidas no processo da mordida rsrs, e pior, tem pais, professores , causas e efeitos, logo, o problema tem que ser diagnosticado para ser trabalhado de modo a não persistir.
Lembrando que muitas vezes, nós adultos, pais e professores, agimos de modo exagerado focado na mordida (no carimbo),e esquecemos de detectar e tratar as possíveis causas.
Estou escrevendo algo a respeito e em breve estarei postando.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CURA EDIFICAÇÃO DO LÍDER


Estudando o livro intitulado “Cura e Edificação do Líder” do Pastor Marcos de Souza pude traçar um diagnóstico da minha atuação como profissional, mãe entre outras funções que liderei algumas situações.
A minha preocupação com a formação de líderes na igreja a qual pertenço aumentou significantemente a partir do referido estudo.
Compreendi que o líder vem antes da liderança. “Não se pode esperar uma liderança eficiente de um líder deficiente”. (Marcos de Souza Borges).
Devo admitir que os modelos de liderança que tive na vida, nem sempre foram saudáveis, justos, logo há deformações a serem corrigidas.
Ao contrário do que acredita algumas pessoas, ninguém nasce líder, não existe esta coisa de liderança nata. Isto não está no livro em questão, é uma ressalva que faço aqui. Até o próprio Jesus não nasceu com as “aptidões” de liderança, foi ao longo dos anos que ia aprendendo, crescendo em graça e sabedoria.
Todo ser humano, em algum momento da vida lidera sobre alguém e assim por diante.
O problema mais grave é quando alguém ocupa a função de líder fora do tempo ou de modo errado, isto é, determinada pessoa pode ser uma ótima mãe (líder sobre o filho), se for no tempo certo, com a maturidade necessária, caso contrário, não terá condições de liderar, ser uma boa mãe.
E na obra de Deus ocorre um estrago muito grande quando alguns quesitos não são respeitados para a titulação de líder.
De acordo com o autor do livro em questão, se a pessoa tem o CARÁTER, O DOM, O CHAMADO e sabe ESPERAR O TEMPO DE DEUS, com certeza a unção estará sobre o líder, entretanto, se faltar um destes quesitos, haverá estrago e confusão.
O autor apresenta uma equação que representa os componentes da posição de autoridade.
As variáveis são as seguintes: posição= Caráter+ Dom+Chamado+Tempo. Na falta de uma destas variáveis o desequilíbrio é inevitável.
Veja a equação:
Posição sem caráter = IRRESPONSABILIDADE. “vai reproduzir pessoas moralmente debilitadas. Comprometendo-se o crescimento qualitativo. QUANTIDADE SEM QUALIDADE é multiplicar os problemas.

Posição sem Dom = INEFICIÊNCIA. “vai gerar fracasso; muito esforço com pouco resultado. Compromete-se a identidade vocacional, multiplicando frustração.
Posição sem chamado = VIOLÊNCIA. “vai gerar divisão. Se você está ocupando uma posição que Deus não deseja, estará atropelando alguém e gerando infortúnios para o meio.
Posição sem o tempo de Deus= IMATURIDADE E SOBERBA. “vai gerar atitudes infantis e arrogantes que podem custar caro.
Ressaltei aqui apenas uma partícula do que o livro em apreço propõe e expõe, porém, seu conteúdo vai muito além. Penso que todo líder servo deveria se ocupar no estudo dele.
Mediante o exposto e o não exposto nestas simples linhas, me proponho a pedir sabedoria do alto para nossos líderes e conscientização a cerca da formação de liderança.
Clamo para que as decisões precipitadas ou arrogantes de homens não atropele os planos de Deus para a obra que é Dele.
Peço a Deus que não deixe os futuros líderes subir nem um degrau antes do tempo determinado por Ele.
Que nenhuma etapa do processo de aprendizagem e formação do caráter seja queimada ou desprezada.
Vale lembrar que Davi não foi escolhido rei no momento, no auge da sua fama, quando matou o gigante. Davi foi ungido rei quando modestamente apascentava ovelhas, quando não era visto como capacitado diante dos homens, Davi foi escolhido no oculto, no secreto, nos planos de Deus.
Não, Davi não assumiu a função de rei subitamente, levou tempo suficiente para a maturidade necessária.
Ah Senhor Deus, dono da obra e inventor do tempo, nos capacita a te obedecer e respeitar o seu tempo e o seu modo.
Nos ensina a ser servos, pois é para servir que fomos chamados.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CORAGEM X COVARDIA


Eu me considero uma pessoa corajosa. Melhor dizendo, outrora, fui muito corajosa.
A coragem sempre me fascinou, ultrapassei os meus medos, obtive conquistas inesquecíveis.
Me refiro ao tipo de coragem que me motivara a viver quando tudo parecia perdido;
Coragem que me fortalecia com a esperança de dias melhores.
Coragem de enfrentar um dia sob o sol na árdua tarefa de um bóia-fria, e no dia seguinte outra vez.
Coragem de tomar decisões que mudariam o rumo da minha história, e assim sucessivamente.
Ah, como já ouvi pessoas exclamarem o quanto “sou” corajosa!
Na minha infância, quanta coragem eu tinha!
Eu desafiava os perigos, andava quilômetros a pé sozinha, andava por trilhas desconhecidas, dormia em baixo de árvores distante de casa, adentrava rios e cachoeiras, subia em altas árvores, só por prazer!
A alerta de que na região onde eu naturalmente brincava, explorava havia cobras venenosas entre outros perigos, não era suficiente para me deter.
Provei ser corajosa na minha adolescência quando inúmeras vezes recusei usar drogas, mesmo estas me parecendo tão acessíveis e favoráveis, haja vista, que a vida não me oferecia muita expectativa.
Eu sei que a coragem é um traço, uma partícula do caráter.
Ah... o problema é que meu conceito de coragem não é mais o mesmo que outrora.
Hoje compreendo que coragem é o contrário de covardia.
De fato, fui corajosa na minha trajetória, entretanto, percebo que quando nos tornamos adulto e/ou cristão, percebemos que coragem vai muito além de situações como as que relatei.
2 Timóteo 1.7 diz que "DEUS NÃO NOS TEM DADO ESPÍRITO DE COVARDIA, MAS DE PODER, DE AMOR E MODERAÇÃO”.
A maratona da vida cristã nos desafia todos os dias a tomar decisões. E nestas, demonstramos coragem ou covardia.
O ato de coragem mais difícil a meu ver é permitir uma avaliação diagnóstica de nós mesmos.
É tirar um raio-x do nosso caráter, que expõe as nossas motivações e nossas omissões.
Se tirássemos uma radiografia da nossa personalidade, como seria?
Coragem não é habilidade. Compreendo que ousadia para falar em público, por exemplo, embora implique coragem, mas trata de habilidade, hábito e necessidade.
Uma pessoa pode se expressar muito bem em público e utilizar do momento para extrema covardia ao expor, humilhar outros ou gloriar a si mesmo, isso não é coragem.
A verdadeira coragem consiste em seguir a Cristo e obedecê-lo.
A coragem conceituada e aprovada por Deus, nasce nos bastidores da alma, é um ardente desejo de obedecer os seus mandamentos .
Como é difícil vivenciar a coragem, todavia, como cristãos devemos exercitá-la através da VERDADE, da SINCERIDADE.
Precisamos de muita coragem para tirar as máscaras e reconhecer nossos erros.
Coragem para não se corromper buscando atalhos que Jesus não passaria por eles.
Necessitamos de coragem para não nos intimidar com críticas infundadas e destrutivas,
com avaliações injustas.
Precisamos de muita coragem para confrontar (em amor) nossos semelhantes ao invés de ser conivente com o erro e depois falar pelas costas.
Para se despir do orgulho e viver a humildade, precisamos de coragem.
Por fim, precisamos ser corajosos suficientemente para admitir que somos falhos e carecemos da graça e misericórdia do nosso Salvador Jesus.
Que Deus nos capacite a viver corajosamente, pois Deus não tem prazer em covardes!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O SUCESSO E A DECADÊNCIA DO REI UZIAS


“TODO O POVO DE JUDÁ TOMOU A UZIAS, QUE ERA DE DEZESSEIS ANOS (16 ANOS) ELE O CONSTITUIU REI EM LUGAR DE AMAZIAS, SEU PAI.
“UZIAS TINHA DEZESSEIS ANOS QUANDO COMEÇOU A REINAR E CINQUENTA E DOIS ANOS REINOU EM JERUSALÉM. “ELE FEZ O QUE ERA RETO PERANTE O SENHOR, SEGUNDO TUDO O QUE FIZERA AMAZIAS, SEU PAI”.
“POPÔS-SE BUSCAR A DEUS NOS DIAS DE ZACARIAS, QUE ERA SÁBIO NAS VISÕES DE DEUS; NOS DIAS EM QUE BUSCOU AO SENHOR, DEUS O FEZ ” (2 CRÔNICAS 26.1-5).

É impressionante como a pessoa que busca a vontade de Deus consegue superar as dificuldades e prosperar. Vemos isto na vida de Uzias que com apenas 16 anos administrou a economia, transporte, habitação, segurança , lazer, isto é, o bem-estar de Judá. Este rei foi um dos que mais deu vitória a Judá.
A nação amava e respeitava Uzias, haja vista que através dele, Judá resgatou glória e prestigio.
É maravilhoso quando vemos a igreja de Jesus Cristo prosperar através da vida de obreiros comprometidos com o Reino.
Do mesmo modo, é triste ver obreiros escolhidos do Senhor, chamados pelo Senhor, “acharem” que por conta dos seus títulos, por causa do seu currículo ou por causa da família a qual pertence, pode excluir Deus de algumas de suas decisões.
Ou ainda pior, é terrivelmente lamentável quando pessoas se acham donos da igreja onde congrega e busca impor a sua vontade a qualquer custo.
Há aquelas pessoas que pensam que já cresceram muito, estão aptos a fazer e acontecer a seu modo, todavia, se esquecem que sem Deus nada podemos fazer.
“MAS, HAVENDO JÁ FORTIFICADO, EXALTOU-SE O SEU CORAÇÃO PARA A SUA PRÓPRIA RUÍNA, E COMETEU TRANSGRESSÕES CONTRA O SENHOR, SEU DEUS...” (2 CRÔNICAS 26.16).
Infelizmente, chegou um momento na vida de Uzias que ele achou que devido as suas conquistas, “o seu poder”, ele poderia proceder do jeito dele, desrespeitar as funções dos sacerdotes... Uzias exaltou o coração, subiu ao altar e pegou o incensário e começou a fazer que este exalasse o perfume. Porém , ele não havia sido autorizado para tanto, não era atribuição do rei, independente do seu currículo ou do seu sobrenome.
O rei Uzias foi fortemente repreendido por seu erro, por querer centralizar em si, usurpar a função dadas por Deus aos sacerdotes.
Para Uzias, com o orgulho a flor da pele, usou seu título de rei, comparou com o título de sacerdote e compreendendo que era mais importante, agiu de tal forma. Uzias se esqueceu que Deus olha o coração e não a aparência ou o currículo das pessoas ao confiar alguma missão. Álias, Deus nem exige capacidade, todavia, quando Ele chama, Ele capacita.
Uzias tomou para si ofício que só pertencia aos sacerdotes, desse modo, o rei tornou-se repreensível.
Nos dias de hoje, nos deparamos com pessoas que por conta dos seus diplomas ou de parentescos de pessoas consideradas importantes humanamente, não sabem ou não querem ser servos.
Muitos perdem o respeito pelo anjo da igreja, pelo sacerdote impondo seus desejos.
Pessoas que não sabem ser servos, não conseguem descentralizar as funções, respeitar os outros, até fazem sucesso, porém, a própria “soberba”, resulta em fracasso posterior.
Glória a Deus que nada passa desapercebido dos olhos de Deus.
Uzias se considerou acima de qualquer autoridade, julgando-se superior a todos, porém, recebeu o que lhe era devido, LEPRA E EXCLUSÃO!
O fim trágico do rei Uzias demonstra que ele não entregou completamente o seu coração a Deus.
Como é triste a pessoa chegar ao fim da vida sem o pleno conhecimento da verdade!
Que Deus tenha misericórdia de nós.

(texto baseado no livro "Chutando a Benção" do Pastor Jorge Linhares)